Miristas e Tupamaros. A guerrilha urbana frente às eleições chilena e uruguaia no princípio dos anos 1970: uma abordagem comparativa
DOI:
https://doi.org/10.29192/CLAEH.36.2.1Palabras clave:
Historia política, Uruguay, Chile, Guerrilla, EleccionesResumen
A criação do MIR (Movimiento de Izquierda Revolucio-naria) no Chile e do MLN-T (Movimiento de Liberación Nacional – Tupamaros) no Uruguai, ocorrida em ambos os casos no ano de 1965, foi mais um episódio no processo de radicalização das esquerdas latino-americanas após o triunfo da Revolução Cubana em 1959. Rejeitando a via democrática e as eleições como formas de acesso ao poder, esses grupos defendiam a luta armada como a única alternativa para a construção do socialismo. Apesar disso, diante das eleições nacionais de 1970 no Chile e 1971 no Uruguai, as duas organizações proclamaram uma trégua para que o processo eleitoral pudesse se desenvolver normalmente e, mesmo fazendo inúmeras ressalvas, apoiaram as candidaturas de Salvador Allende (Unidade Popular) e Líber Seregni (Frente Ampla). Pretende-se discutir, portanto, comparativamente a relação entre guerrilheiros e esquerda legal apontando as aproximações e distanciamentos nos diversos setores naquela conjuntura.